...
Às vezes eu acho que esses lugares não existem como nas historias infantis ou como uma miragem que só existe quando a gente esta lá, porque quando a gente vai embora esse lugar desaparece.
20.12.09
1.11.09
Ponto de Partida.
Mergulhei na chuva
Afoguei-me em poças rasas
Cheguei aqui!
Corri estradas longas
Pisei descalço o chão de pedras
Cheguei aqui!
Perdi o sono
Eu vi o sol nascer três vezes
Cheguei aqui!
Alcancei as alturas da grande arvore
Saltei do prédio no centro da cidade
Cheguei aqui!
Cai em porões escuros
Cavei buracos e surgi no asfalto
Estou partindo.
Rocha Farias.
Afoguei-me em poças rasas
Cheguei aqui!
Corri estradas longas
Pisei descalço o chão de pedras
Cheguei aqui!
Perdi o sono
Eu vi o sol nascer três vezes
Cheguei aqui!
Alcancei as alturas da grande arvore
Saltei do prédio no centro da cidade
Cheguei aqui!
Cai em porões escuros
Cavei buracos e surgi no asfalto
Estou partindo.
Rocha Farias.
Moreira Campos. Quem?

José Maria Moreira Campos (Senador Pompeu, 1914 – Fortaleza, 1994)
Não acredito que alguns amantes da Literatura Brasileira ainda não conhecem o Moreira Campos. Infelizmente a pouco reconhecimento dedicado a este escritor que é, na minha opinião, o melhor contista da literatura cearense, senão o melhor do Brasil. Mas não vejo nisso razão para não lê-lo, e até acho que o anonimato no qual ainda reside o contista Moreira Campos o torna um autor ainda mais interessante aos meus olhos.
Semana passada eu fui às Livrarias: Cultura e Fnac, os funcionários não conhecem este escritor e a livraria não tem se quer uma obra dele. Procurei em muitos Sebos, mas também não encontrei nada!
Meu primeiro contato com o Moreira Campos foi quando eu assistia o programa da TV Cultura: Contos da Meia Noite, a estética da sua escrita me despertou muito interesse em pesquisar mais sobre sua Obra, e descobri contos maravilhosos como : As Vozes do Morto, Os Doze Parafusos, Dizem que os Cães Vêem Coisas entre muitos outros...
Não acredito que alguns amantes da Literatura Brasileira ainda não conhecem o Moreira Campos. Infelizmente a pouco reconhecimento dedicado a este escritor que é, na minha opinião, o melhor contista da literatura cearense, senão o melhor do Brasil. Mas não vejo nisso razão para não lê-lo, e até acho que o anonimato no qual ainda reside o contista Moreira Campos o torna um autor ainda mais interessante aos meus olhos.
Semana passada eu fui às Livrarias: Cultura e Fnac, os funcionários não conhecem este escritor e a livraria não tem se quer uma obra dele. Procurei em muitos Sebos, mas também não encontrei nada!
Meu primeiro contato com o Moreira Campos foi quando eu assistia o programa da TV Cultura: Contos da Meia Noite, a estética da sua escrita me despertou muito interesse em pesquisar mais sobre sua Obra, e descobri contos maravilhosos como : As Vozes do Morto, Os Doze Parafusos, Dizem que os Cães Vêem Coisas entre muitos outros...
Aqui vai um dos Contos:
*
As Vozes do morto.
(1963)
*
É possível acreditar nas vozes do morto. Elas devem estar em tudo. Na maneira simplória de Seu Damião, na sua aquiescência, nos seus monólogos e no seu próprio declínio. Ele emagrece sob o enorme paletó caqui. Urina no quintal da sapataria e as formigas miúdas, infinidade delas, vêm sugar o açúcar nas bordas do líquido. Seu Damião toma regularmente uma pílula e bebe água no copo de madeira medicinal, que guarda na prateleira por trás das caixas de sapatos. Mas perde peso: a pele do rosto se desprega a papada. Dança dentro da roupa. Dança todo, por sestros também, que ele é simplório. Leva sempre as mãos à cabeça, escusando-se. Ou melhor, não sabe onde pôr as mãos grandes. Põe-nas na cabeça redonda (cabelo cortado à escovinha) ou as esfrega uma na outra, Parece traduzir nos seus trejeitos um permanente pedido de desculpas por tudo que fez e pelo que não fez. Perdão até de se ter casado com Dona Leonor, que, novinha (e não agora, aquela máscara de pó), não era para se ter dado a ele, um sapateiro de origem, impregnado pelo cheiro da sola, os dedos curtos e chatos grudados de verniz. Dona Leonor estudou em colégio de freiras, segundo ela mesma diz, sem propósito de diminuir o marido, Apenas uma alusão saudosa a outra época:
- A meninice da gente.
Somente isso, com os olhos grandes calmamente perdidos na distância. Ainda hoje experimenta o velho piano na sala, encimado pela toalhinha e pelo jarro de flores artificiais, onde já dormitam moscas, quietas, e reclama os seus dedos:
- Já não são os mesmos!
Tem um riso brando na máscara branca do rosto e tem também na sala de casa uns quadros seus, estudos a óleo natureza morta e Um pôr de sol.
Vem daí certamente, senão uma inibição, pelo menos aquela dúvida de Seu Damião diante da mulher. O jeito seu de, em presença de visitas ou pessoas mais importantes (como se não coubesse entre elas), não externar idéia de maior responsabilidade sem antes consultar Dona Leonor por cima dos seus óculos grossos de míope. Como que teme dizer inconveniência ou mesmo disparate, ele tão grosso! Mas Dona Leonor aprova. Então ele leva as mãos repetidamente à cabeça, olhando para o chão ou para os pés:
- Pois muito bem! Muito bem!
Ainda um dia desses, ao receber o casal inesperadamente ali na calçada, à noite, a visita de Dona Cristina, da casa em frente e mulher de Dr. Mário, que vinha para uma palavrinha ligeira (indagar se na sapataria tinha certo tipo de sandália), Seu Damião foi até precipitado. Procurou as chinelas debaixo da cadeira de vime, quase espatifando os óculos. Finalmente calçou um dos pés, e o mais que pôde foi proteger-se por trás da cadeira. E isso tudo porque estava de pijama, assim íntimo! Pedia desculpas, cobria-se e ainda tapava a braguilha com a mão sem necessidade:
- Ora!
- Está em casa, Seu Damião!
- Ora!
- Está em casa, Seu Damião!
- Ora!
E por isso mesmo, e por muitas coisas mais, não se pode a rigor conciliar Seu Damião com a morte do outro. Mas o fato é conhecido e ainda murmurado, apesar do tempo:
- Seu Damião já matou um.
- Sei.
- Por causa da mulher.
- Sei.
Evidentemente um desastre, que teve de fechar sua casa de negócio em Belém do Pará, sapataria de luxo, vindo para aqui, onde reabriu oficina modesta, mas limpa, pegada à sua casa: o bom arranjo das prateleiras, a cortina de gorgorão vermelho na porta do centro do escritório, E ali no balcão Seu Damião recebe a freguesia, surpreendido sempre por cima dos óculos grossos:
- Sei.
- Por causa da mulher.
- Sei.
Evidentemente um desastre, que teve de fechar sua casa de negócio em Belém do Pará, sapataria de luxo, vindo para aqui, onde reabriu oficina modesta, mas limpa, pegada à sua casa: o bom arranjo das prateleiras, a cortina de gorgorão vermelho na porta do centro do escritório, E ali no balcão Seu Damião recebe a freguesia, surpreendido sempre por cima dos óculos grossos:
- Ah!
Dona Leonor, empoada, funciona na registradora:
- O troco, minha filha.
É delicada.
Possível sem dúvida acreditar nas vozes do morto. Estarão presentes sobretudo nos monólogos de Seu Damião. Os trejeitos, o tique nervoso dos olhos, ajeitando os óculos, os repetidos gemidos, dar de ombros ou a rabiçaca brusca do pescoço. Particularmente enquanto toma a sua pílula. É como se conversasse com o próprio vidro de remédio:
Possível sem dúvida acreditar nas vozes do morto. Estarão presentes sobretudo nos monólogos de Seu Damião. Os trejeitos, o tique nervoso dos olhos, ajeitando os óculos, os repetidos gemidos, dar de ombros ou a rabiçaca brusca do pescoço. Particularmente enquanto toma a sua pílula. É como se conversasse com o próprio vidro de remédio:
- Ahn... ahn!
Essas vozes, para no fim admitir-se também a inutilidade de tudo, Dona Leonor continuou a ter amante. Uma preferência por rapazes, quando mais nova. Mas chegou a aceitar o chofer do ônibus, que faz ponto na esquina sob o grande tamarindo, Esse tinha bigode caprichado e usava costeletas. Escorava-se no tronco do tamarindo, em conversa com outros, os condutores. Dilatava tempo de partida. Dona Leonor, disfarçada, mãos para trás, vinha até a porta da sapataria, num toque leve do cabelo curto. Olhares, Uma ordem qualquer que ela repentinamente quase gritava lá para dentro, para as oficinas, sem muita convicção, talvez apenas para se fazer mais presente.
O das costeletas acendia mais um cigarro.
Movimentos, todos esses, que eram vigiados por Mercedes, a solteirona da casa próxima. Vigiava-os pela banda de janela, e logo mais estabanadamente largava-se por dentro de casa, cantarolante e arrastando as chinelas:
O das costeletas acendia mais um cigarro.
Movimentos, todos esses, que eram vigiados por Mercedes, a solteirona da casa próxima. Vigiava-os pela banda de janela, e logo mais estabanadamente largava-se por dentro de casa, cantarolante e arrastando as chinelas:
- Ai, ai, meu Deus!
E depois do chofer, fugaz, veio este de agora, como que definitivo e já aceito pela vizinhança, Alfredo. Faz às vezes de gerente na sapataria. Dá ordem aos empregados. Unhas polidas, poupado de esforços. Será decerto ainda o substituto de Seu Damião no negócio, Dona Leonor muito ciosa dele, de sua saúde, do seu bem-estar, o que por vexes o aborrece:
- Ora, Leonor!
Isso, quando Seu Damião não está, ainda que, por cautela, olhe para os lados. Enfarado. Há de explorá-la: terá exigências, requintes. São sempre vistos os dois em tarde de sábado vindo no mesmo Ônibus e na mesma poltrona, Descem na esquina e voltam a brigar surdamente, Então os olhos grandes de Dona Leonor parecem aflitos.
- Vem cá, rapaz.
Ele dá de ombros:
- Não, não! Depois.
E larga-se, Ela vem para casa trepada nos seus sapatos de salto alto, já pesada de passo, como se pisasse em ovos, A bolsa pendente do braço, a máscara de pó, os cabelos curtos de acaju, hoje mais amarelados. Cumprimenta grave, uma das vizinhas:
- Boa tarde.
- Boa tarde.
- Boa tarde.
Mercedes, a solteirona da casa próxima, fecha devagar a banda de janela, E logo mais será noite, e com ela o isolamento e a decadência de Seu Damião, ao balanço lento de sua cadeira de vime na calçada. Urinou no quintal da sapataria, e as formigas miúdas, infinidade delas, vieram sugar o açúcar do líquido. Há de ter tomado também a sua pílula com regularidade. Põe água de molho no seu copo medicinal, que guarda na prateleira atrás das caixas de sapatos. E agora está ali na sua calçada, só, sozinho, sob o beirai baixo da casa. Dá repentinamente de ombros, ajeita os óculos e solta golpe brusco do pescoço:
- Ahn...ahn!
Possivelmente afugenta o morto e aceita a inutilidade de tudo. No mais, a rua é calma e mosquitos voejam em torno da lâmpada triste no poste da esquina, que ontem choveu.
15.9.09
Overdose psicológica
Não vou mais fazer teorias a respeito da vida, não vou mais pensar e buscar respostas para todas as coisas, eu cansei da minha filosofia própria, é banal e inútil... Entender a vida quando você é jovem é desnecessário. Ultimamente estou lendo Fernando Pessoa e descobri em sua escrita o sagrado instinto de não ter teorias, assim como Pessoa tenho que ver-me como a natureza, não posso querer entender todas as sensações, tenho que viver. Um dia vou envelhecer e quando esse dia chegar: vou gastar todos os meus pensamentos e escrever um livro, o que sobrar eu faço um samba. DECIDIDO! Chega de overdoses psicológicas, filosóficas, metafísicas ou qualquer coisa assim... Permito-me viver a vida!
12.9.09
Gato
18.7.09
Companheiros
quero
escrever-me de homens
quero
calçar-me de terra
quero sera estrada marinha
que prossegue depois do último caminho
*
e quando ficar sem mim
não terei escrito
senão por vós
irmãos de um sonho
por vós
que não sereis derrotados
*
deixoa paciência dos rios
a idade dos livros
*
mas não levo
mapa nem bússola
porque andei sempre
sobre meus pé
se doeu-me
às vezes
viver
hei-de inventar
um verso que vos faça justiça
*
por ora
basta-me o arco-íris
*
em que vos sonho
basta-te saber que morreis demasiado
por viver de de menos
mas que permaneceis sem preço
*
companheiros
*
Mia Couto
23.6.09
Cangote
Fiz minha casa no teu cangote
Não há neste mundo quem me bote
Pra sair daqui
Te pego sorrindo num pensamento
Faz graça de onde fiz meu achego, meu alento
E nem ligo
Como pode, no silêncio, tudo se explicar?!
Vagaroso, me espreguiço
E o que sinto, feito bocejo, vai pegar
9.6.09
Onde termina o apocalipse?
6.6.09
Rosa
Rosa.
Estávamos na quinta serie, Rosa sentava na cadeira que ficava na minha frente, lembro-me dos seus cabelos negros (de vez em quando uma trança mal feita). Era inteligente, escrevia cartinhas aos professores e possuía uma bondade incontrolada.
Tinha olhos grandes e profundos, perdidos nos dois buracos que formavam seu inesquecível olhar de menina triste. Simpática, ela me cumprimentava com sua voz assustada:
- Bom dia!
Rosa apesar de ser boa como uma mãe, tinha batalhões de inimigos, os meninos da sala jantavam-se para azucriná-la, arranjavam apelidos bizarros, humilhavam e até batiam nela de vez em quando. Ai vinha à incontrolada bondade de perdoar aqueles que sem motivo, apenas maldade, arrancavam suas pétalas.
Eu que sentava atrás da menina de olhos inesquecíveis, observava suas costas triste, inclinada sobre a mesa onde ela engolia o choro.
Perdoar um por ter matado outro é aceitável, mas aquele que destrói rosas, não! Esse ato é imperdoável.
Um dia resolvi que seria amigo de Rosa, não amigo que troca segredos e visita em casa, nem amigo que vive junto aventuras e descobrem juntos coisas, eu seria apenas uma espécie de progenitor, queria ensiná-la a não aceitar a vida que lhe deram, e guiá-la para viver a vida que ela esqueceu viver. E fui ser.
Nunca defendi Rosa dos meninos, nem nunca lhe dei conselhos de como se defender deles. Quando os meninos vinham para atacá-la eu observava tudo de longe, bem longe, e só depois eu me aproximava e dizia o quanto ela era especial no mundo, elogiava sua inteligência, comentava sobre os seus cabelos negros, e assim podia ver no canto da sua boca um sorriso espremido que ela segurava com a força dos lábios. No outro dia, via suas costas alegre, uma trança bem feita e uma menina feliz. Rosa não era mais atingida pelos meninos, porque as minhas palavras eram mais fortes do que as deles, com tempo até esqueceram ela.
Um dia em casa recebi uma carta e quando abri eram as palavras de Rosa, ela me agradeceu e escreveu tudo aquilo que sua boca jamais teria coragem de articular, ela escreveu em caneta vermelha: Eu te amo. Eu respondi a carta depois de uma semana... Mas essa é outra historia.
Rocha Farias.
Tinha olhos grandes e profundos, perdidos nos dois buracos que formavam seu inesquecível olhar de menina triste. Simpática, ela me cumprimentava com sua voz assustada:
- Bom dia!
Rosa apesar de ser boa como uma mãe, tinha batalhões de inimigos, os meninos da sala jantavam-se para azucriná-la, arranjavam apelidos bizarros, humilhavam e até batiam nela de vez em quando. Ai vinha à incontrolada bondade de perdoar aqueles que sem motivo, apenas maldade, arrancavam suas pétalas.
Eu que sentava atrás da menina de olhos inesquecíveis, observava suas costas triste, inclinada sobre a mesa onde ela engolia o choro.
Perdoar um por ter matado outro é aceitável, mas aquele que destrói rosas, não! Esse ato é imperdoável.
Um dia resolvi que seria amigo de Rosa, não amigo que troca segredos e visita em casa, nem amigo que vive junto aventuras e descobrem juntos coisas, eu seria apenas uma espécie de progenitor, queria ensiná-la a não aceitar a vida que lhe deram, e guiá-la para viver a vida que ela esqueceu viver. E fui ser.
Nunca defendi Rosa dos meninos, nem nunca lhe dei conselhos de como se defender deles. Quando os meninos vinham para atacá-la eu observava tudo de longe, bem longe, e só depois eu me aproximava e dizia o quanto ela era especial no mundo, elogiava sua inteligência, comentava sobre os seus cabelos negros, e assim podia ver no canto da sua boca um sorriso espremido que ela segurava com a força dos lábios. No outro dia, via suas costas alegre, uma trança bem feita e uma menina feliz. Rosa não era mais atingida pelos meninos, porque as minhas palavras eram mais fortes do que as deles, com tempo até esqueceram ela.
Um dia em casa recebi uma carta e quando abri eram as palavras de Rosa, ela me agradeceu e escreveu tudo aquilo que sua boca jamais teria coragem de articular, ela escreveu em caneta vermelha: Eu te amo. Eu respondi a carta depois de uma semana... Mas essa é outra historia.
Rocha Farias.
19.5.09
Vazio...
Hoje senti necessidade de escrever, assim, escrever por escrever, sem querer chegar ao fim... Estou cansado, sentado na cama com as pernas cruzadas prejudicando um pouco a coluna, acabei de chegar do trabalho, faltei na faculdade. Minha mãe saiu não sei pra onde, eu faltei na faculdade não sei por que, meu irmão também não esta, eu estou tão longe... Ah! Estou cansado de escrever também, mas sinto a necessidade de registrar esse momento tão vazio. Pronto, eu acho que essa frase que eu estou escrevendo agora é o registro deste momento vazio...
Rocha Farias
Rocha Farias
10.5.09
"Minha alma tem o peso da luz. Tem o peso da música. Tem o peso da palavra nunca dita, prestes quem sabe a ser dita. Tem o peso de uma lembrança. Tem o peso de uma saudade. Tem o peso de um olhar. Pesa como pesa uma ausência. E a lágrima que não se chorou. Tem o imaterial peso da solidão no meio de outros"
CLARICE LISPECTOR.
7.5.09
Clarice: em cena. 15 de Maio.
Exercício cênico inspirado em textos de Clarice Lispector. A montagem transcria, a partir da prática teatral,contos e trechos de sua obra, explorando os vários temas e o universo subjetivo e intrigante de sua escritura.
duração: 60 minutos
indicação etária: 14 anos
Atores criadores: Ailyn Ramirez, Alessandra Marques, Ana Luíza Caetano, Cláudia Sarro, Diogo Cardoso, Kelly Guimarães, Kely Novello, Kéroly Gritti, Marina Cremonese, Nádia Jansen, Luana Tsutsumi, Raíça Augusto, RaquelZanelatto, Rocha Farias e Solange Rossignoli
direção Paula Carrara
duração: 60 minutos
indicação etária: 14 anos
Atores criadores: Ailyn Ramirez, Alessandra Marques, Ana Luíza Caetano, Cláudia Sarro, Diogo Cardoso, Kelly Guimarães, Kely Novello, Kéroly Gritti, Marina Cremonese, Nádia Jansen, Luana Tsutsumi, Raíça Augusto, RaquelZanelatto, Rocha Farias e Solange Rossignoli
direção Paula Carrara
Dia 15 de maio (sexta-feira), ás 19hapresentação gratuita na "Semana de Filosofia" da Universidade MetodistaRua Alfeu Tavares, 149 - ANEXO FI - Rudge Ramos - São Bernardo do Campo
6.5.09
O outro sou...
5.5.09
Quem você pensa que é?

Quando pisar por aqui perca-se no tempo
A idéia do movimento contínuo
Tempo sem quebras
Movimento sem paradas
E sempre novos aresque levam seus grãos de areia.
CREDITO: BLOG ARES DE AREIA.
4.5.09
IN imaginário - Gaiola de Moscas.

As imagens quentes do espetáculo, os movimentos e as musicas me inspiraram para um mundo “IN imaginário” todos os momentos da peça me fizeram rir, mas existe uma tragédia oculta no contexto. A pobreza, a sobrevivência, tudo remetia um vilarejo “nordestino” onde existe miséria.
Na Linha do Tempo.
Descobri o meu pé, o meu próprio pé. Caminhei entre ossos e músculos. Descobri! Com os pés no chão, agora, caminhei no mundo. O chão é a principal fonte de energia, o chão é o começo de tudo, os pés são continuação. Plantar a alma e tirar os pés do chão, voar alto fixado ao chão. Cantar o (em nome?) nome, ritmado. Olhar o outro. Em roda a Dança dos Ventos; Em roda a confraternização; Em roda o jogo, a improvisação. Respirar é viver por isso é preciso respirar bem. Descobri a minha coluna no outro. A minha parceira, Raquel, é generosa, tolerante e sabe sintonizar as energias. Em pé, cresci. O exercício cansativo exige de mim concentração, ao comando do mestre eu tento alcançar o clímax. Permito que meu corpo e o meu espírito entrem em um buraco fundo, escuro e vazio, e ali, no grande vazio surge uma espécie de New soul, e eu sou eu de verdade. É muito difícil descobrir e muito fácil inventar, principalmente quando sou o dono das minhas emoções e escolho as minhas aventuras. Saudação ao Sol; Respirar o Mundo; Pegar o objeto, sentir, ser.
Sobre a aula de teatro.
Rocha Farias.
Sobre a aula de teatro.
Rocha Farias.
16.4.09
04 de abril de 2009.
Hoje trabalhamos a respiração, voz e a coluna.
- A respiração;
- A Voz;
- A coluna.
"Respirar é viver, por isso é preciso saber respirar bem."
Descobri a minha coluna no outro, minha companheira de trabalho foi a Raquel, gosto muito de trabalhar com ela porque ela é generosa, tolerante e sabe sintonizar as energias no presente. Depois despertamos o corpo a partir do chão, em pé estimulamos os impulsos.
É muito difícil descobrir e muito fácil inventar, principalmente quando somos donos das nossas emoções e escolhemos as nossas aventuras.
28 de março de 2009. "O Chão".
"O chão é o começo de tudo, os pés são continuação"
Plantar a alma e tirar os pés do chão, caminhar nas alturas e voar fixado ao chão.
Plantar a alma e tirar os pés do chão, caminhar nas alturas e voar fixado ao chão.
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